Aquela que consuma todas as outras: quem ama não precisa da moral.
"Máxima do dever: age como se amasses." André Comte-Sponville
Contudo, o amor não é um sentimento simples, nem simples é sua compreensão e prática.

A primeira forma toma o amor por paixão, pathos. O amor é eros, desejo e carência. Se não desejássemos algo, não o amaríamos. E se o temos cessando o desejo, já não o amamos mais. É preciso que haja a carência ou o temor da ausência para que se continue desejando e seduzindo astutamente para enfim possuir o amado.
Amar é também reciprocidade, encontro entre amantes. Um jeito de amar que é philia, amizade e estima. Ama-se quem corresponde e troca gentilezas, respeito, lealdade, carinho, cumplicidade. Se não há equivalência recíproca no trânsito do sentimento, há desencontro. Amar, assim, sustenta-se pelo intercâmbio fundamentado no sentir.
Ama-se ainda com total desinteresse, apenas por amar, incondicionalmente. É o amor ágape, santo pelo sua absoluta generosidade. O outro não é amado por ser importante, mas se torna importante porque é amado. Só deuses amariam assim, mas há ensaios autênticos entre humanos, como na maternidade emocionalmente sadia.
Amor na falta, egoísta.
Amor no encontro, recíproco.
Amor solitário, porém que se basta, altruísta.
Os relacionamentos misturam em medidas variáveis conforme o caráter e a situação, os três tipos abraçados pelo conceito de amor.
Na predominância de um sobre o outro é que se julga o grau de valor do amor que se está vivendo ao lado de alguém.
Cuándo vale la pena luchar por amor?
Por Charles Dalberto
Imagens: Aleteia, Mitologia e Fantasia
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