Marx não acreditava no socialismo jurídico conservador e burguês.
A classe burguesa concede direitos ao trabalhador por meio de leis como forma de manter o sistema capitalista onde é a burguesia quem controla a economia e a política.
"Uma parte da burguesia pretende compensar injustiças sociais, para assegurar a continuidade da sociedade burguesa." Karl Marx, O manifesto comunista.
Acabar com a exploração do trabalho, para Marx, significa implantar o socialismo até atingir o comunismo pela única via efetiva: a revolução, ou seja, a inversão das forças.
"Os comunistas desdenham ocultar suas opiniões e metas. Abertamente, declaram que seus fins só podem ser atingidos pela derrubada violenta de todas as condições sociais existentes." O manifesto comunista.
Porque o trabalho é o fundamento da apropriação.
O resultado do trabalho é propriedade do trabalhador, do qual ele é expropriado no capitalismo.
Estar inconsciente desse direito é estar alienado.
O poder que muda a história é concreto, material e não ideal, por isso a revolução.
Pois, no contexto do avanço da Revolução Industrial e das revoltas operárias da Europa do século XIX, o sistema moderno de aposentadoria foi criado para esvaziar os movimentos sociais proletários.
Otto von Bismarck, enquanto chanceler, recomendou ao rei da Prússia e imperador Alemão, Guilherme I, que instituísse um sistema de pagamentos estatais às pessoas com idade acima de 70 anos.
Bismarck era conservador e oligarca.
Tomou a medida para proteger a nobreza e os empresários alemães.
Para deter o marxismo revolucionário, adotou juridicamente uma reivindicação marxista: deu direito de aposentadoria ao trabalhador.
Mas, a exploração segue longe de acabar.
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Leia:
Da Alemanha ao Chile: a história da aposentadoria em diferentes países
Capinando eu vou, cuidadoso. Com golpes cavo, arranco, separo. Vou limpando terreno, preparando plantios. Evito pedras, mas não rejeito a terra. Faço jornada na capina do texto semeando frases, germinando ideias, adubando fatos, colhendo provocações. Cultivando a breve flor do momento na longa lavoura do tempo. A linguagem é o mundo.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
quinta-feira, 11 de julho de 2019
Uma chama de sensatez na escuridão do espetáculo
"A especialização das imagens do mundo acaba numa
imagem autonomizada, onde o mentiroso mente a si próprio. O espetáculo em
geral, como inversão concreta da vida, é o movimento autônomo do
não-vivo." Guy Debord, A sociedade do espetáculo.
A televisão é tecnologia do moderno espetáculo. O espetáculo
está na lógica das sociedades modernas que tudo convertem em simulação,
propaganda e mercadoria.
A primeira e maior vítima a ser lastimada é a verdade.
Pois, na narrativa televisiva, não está a realidade, mas um
recorte que tende sempre ao desconexo, uma farsa em si mesma porque é
representação e intencionalidade, nunca o fato em toda a sua dimensão e
concretude.
O espetáculo televisivo, enquanto se vende, mente para si mesmo e para quem nele acredita e o consome.
Ao se despedir do jornalista Paulo Henrique Amorim, morto aos 77 anos, o também jornalista e sociólogo Laurindo Lalo Leal Filho o faz
apresentando uma crítica contundente à mídia televisiva brasileira.
O desaparecimento de
Paulo Henrique Amorim é o apagar de uma chama de sensatez na escuridão do
espetáculo bizarro servido à massa imbecilizada do país.
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Leia:
Paulo Henrique Amorim, a televisão brasileira e suas mortes
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