Porém, sua figura ainda não desfruta do mesmo tratamento dispensado a outros personagens que contribuíram para não somente para a causa da abolição da escravidão, como em outros episódios determinantes para a constituição do país.
Isso é assim apesar da sua importância.
"Em sua vida, Luiz Gama fora jornalista, professor, advogado,
líder político, maçom, poeta, mas, principalmente, abolicionista. Era,
portanto, um corpo estranho em um país de analfabetos e escravocratas em franca
ebulição. Por ser autodidata, tornou-se rábula — atribuição pejorativa para um advogado
legitimado pelo robusto conhecimento jurídico que podia exercer a profissão.
Utilizava-se da posição na sociedade para ruir e subverter, muitas vezes por
intermédio da sátira e do riso, as estruturas de poder de sua época. Como
jornalista, conduzia denúncias diversas aos reclames cotidianos pelo seu viés
liberal. Na área jurídica, atuava na consecução das liberdades como justiça
social por alforrias e ações judiciais às centenas." Matheus Conceição, Revista Bula
Por que a história nacional o tem à margem, como tantos outros personagens negros, senão pelo racismo estrutural conservador e pela mentalidade colonialista hereditária que travam reparações sociais ao povo negro e prolonga sua invisibilidade na cultura brasileira?
O que pode mudar essa realidade?
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