"Os indígenas são a pupila de Guadalupe."
Disse hoje o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, citando-os entre os humildes perseguidos e prediletos de um Deus ainda incompreendido pelo homem.
Porque notícias trazem rumores de guerra. De injustiça, de expropriação. Desde a chegada dos colonizadores em terras americanas tem sido desse modo, com a bênção de própria Igreja que se corrige em parte.
Os povos originários, legítimos ocupantes do Novo Mundo, para eles o único e ancestral, atravessam os séculos de hispanização em contínuo recalque da sua história, da sua cultura e da sua presença em sua terra. A grilagem, o garimpo, a invasão, a inculturação e mesmo a continuidade de uma política de extermínio velada na inação dos Estados, tudo isso que povoa manchetes tratadas com indiferença e certa desumanidade, é a herança presente de um passado colonial ainda vivo.Justifica-se, portanto, que o então Dia da Hispanidade seja hoje o Dia da Resistência Indígena.
O 12 de outubro é data para refletir da decolonização, que é diária, e afirmar identidades nativas de todo o continente com o direito de todos à existência digna incluída definitivamente nas nações de toda a América.
Só nesse dia, quando tudo for de todos, a visão de Guadalupe com o índio Juan presente será também a de cada um.
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Ilustração: Tuara Paez
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